Quantas luas o Sistema Solar tem? Conheça satélites naturais além da nossa Lua!

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Está vendo aquela Lua que brilha lá no céu? Ela pode ser filha única na órbita da Terra (ou não – e já já você vai entender do que estamos falando), mas a verdade é que o comum mesmo são várias e várias luas ao redor da maioria dos planetas do Sistema Solar. Nesta matéria, você conhece outras luas que orbitam os planetas do nosso quintal espacial, mas, primeiro, vamos falar um pouquinho sobre a nossa, já que ela é tão especial.

Terra: 1 lua (oficial)

(Foto: NASA)

A nossa única Lua modera a oscilação da Terra em seu eixo, levando a um clima relativamente estável ao longo de bilhões de anos. Da superfície, sempre vemos a mesma face do satélite natural, porque a Lua gira em seu eixo na mesma velocidade em que gira em torno do planeta (ou seja, está em rotação síncrona com a Terra).

As áreas claras da Lua são conhecidas como as terras-altas, e as características escuras, chamadas maria (latim para mares), são bacias que foram preenchidas com lava entre 4,2 e 1,2 bilhões de anos atrás. Essas áreas claras e escuras representam rochas de diferentes composições e idades, que fornecem evidências de como a crosta inicial pode ter se cristalizado a partir de um oceano de magma lunar.


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Mas como a Lua surgiu? Uma das hipóteses mais aceitas é a de que um objeto do tamanho de Marte (chamado Theia) colidiu com a Terra há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, e os detritos resultantes se acumularam para formar nosso satélite natural com o passar do tempo. Desde os tempos antigos do vulcanismo, a Lua árida e sem vida permaneceu praticamente inalterada. Quase toda a superfície da Lua é coberta por um material chamado regolito lunar, que consiste em rocha altamente fragmentada, resultado de repetidos impactos de meteoroides.

Por muito tempo, a Lua foi única nos nossos corações, mas, em setembro de 2006, astrônomos encontraram a primeira minilua, intitulada RH120, que ficou em órbita até junho de 2007. Cerca de dez anos depois, descobriram outro pequeno objeto semelhante, chamado HO3, com direito às mesmas características orbitais. E então aconteceu de novo: em fevereiro deste ano, foi descoberta uma nova minilua ao nosso redor. Astrônomos do Catalina Sky Survey (CSS), um programa de monitoramento gerenciado pela NASA e pela Universidade do Arizona, encontraram na órbita da Terra uma minilua com o tamanho de um carro (entre 1,9 e 3,5 metros de diâmetro). Essa nova minilua, catalogada como 2020 CD3, circulou nosso planeta cerca de uma vez a cada 47 dias, com uma trajetória larga e de formato oval que ia além da órbita da Lua. Contudo, essa órbita não era estável e, em março, veio a notícia de que a nova minilua já tinha ido embora das redondezas. Só que no mês seguinte veio um plot twist, pois outros cálculos indicavam que a minilua ainda estaria por aqui. De qualquer maneira, é fato que ela será (se já não tiver sido) lançada para longe da Terra.

Mas já falamos bastante sobre a nossa única (bom, às vezes não tão única assim, como pudemos perceber) e amada Lua. A seguir, você descobre luas orbitando os demais planetas do Sistema Solar.

Marte: 2 luas

Marte, Fobos e Deimos (Imagem: NASA)

Dos quatro planetas rochosos do Sistema Solar, apenas Marte tem mais de uma lua. Os dois corpos pequenos que orbitam o Planeta Vermelho são menores que a Lua da Terra, e levantam várias questões sobre a formação do nosso sistema planetário. Intituladas Fobos e Deimos, as luas de Marte têm mais semelhança com asteroides do que com a Lua: ambas são feitas de material que se assemelha aos condritos carbonáceos, que é a substância que compõe asteroides e, com suas formas alongadas, Fobos e Deimos até parecem mais asteroides do que luas, de fato.

As luas marcianas também são bem pequenas – a maior, Fobos, tem apenas 22 km de diâmetro, enquanto a menor, Deimos, tem só 13 km, o que faz com que sejam algumas das menores luas de todo o Sistema Solar. Olhando a partir da superfície de Marte, a lua menor e mais distante (Deimos) parece mais com uma estrela no céu do que com uma lua, assemelhando-se à visão de Vênus que temos aqui da Terra. Fobos tem a órbita mais próxima de qualquer lua no Sistema Solar, mas ainda assim aparece apenas com um terço da largura da Lua cheia da Terra. Fobos orbita a apenas 6.000 km do solo marciano, e sua superfície é marcada por detritos que podem ser resultado de impactos em Marte. Ela viaja ao redor do planeta três vezes ao dia, percorrendo o céu marciano aproximadamente uma vez a cada quatro horas. Por sua vez, Deimos orbita muito mais longe, tendendo a ficar a 20.069 km da superfície do Planeta Vermelho. Esta lua leva cerca de 30 horas para completar uma órbita.

Embora nenhuma missão tenha ainda explorado Fobos e Deimos como seu objetivo principal, várias naves espaciais tiraram fotos delas durante sobrevoos. A Rússia até tentou enviar uma missão a Fobos chamada Fobos-Grunt, em 2011, mas a espaçonave ficou presa na órbita da Terra e voltou à Terra em 2012. Mas, em 2024, a agência espacial japonesa (JAXA) planeja lançar a missão Mars Moons eXploration (MMX) para visitar Fobos e Deimos. A MMX pousará na superfície de Fobos e coletará amostras para serem devolvidas à Terra em 2029.

Júpiter: 79 luas

As chamadas “luas de Galileu”: Io, Europa, Ganimedes e Calisto (da esquerda para a direita)

Júpiter era o planeta com o maior número de luas conhecidas no Sistema Solar até pouco tempo atrás, sendo que, em julho de 2018, astrônomos descobriram 12 novas luas ao redor do gigante gasoso. Com isso, a quantidade de satélites naturais jovianos subiu para nada menos que 79.

Das doze últimas luas descobertas, nove orbitam Júpiter em uma direção retrógrada, levando cerca de dois anos para completar uma órbita ao redor do maior planeta do Sistema Solar. Outras duas fazem parte do grupo de luas que ficam mais próximas e orbitam na mesma direção da rotação do planeta, levando pouco menos de um ano para completar uma órbita. Já a apelidada de Valetudo destacou-se pela excentricidade, já que tem uma órbita diferente de todas as outras luas de Júpiter das quais temos conhecimento. Trata-se da menor lua conhecida de Júpiter, com menos de 1 km de diâmetro.

Esta é a lua Europa (Foto: NASA)

Mas quando se fala em luas de Júpiter, as primeiras que veem em mente são as chamadas “luas de Galileu”, ou “luas galileanas”, pois foram descobertas por Galileu Galilei. São elas: Europa, Ganimedes, Io e Calisto, as maiores e mais complexas por lá. E, entre elas, destaca-se ainda mais a lua Europa, que receberá a visita de uma sonda da NASA.

A missão Europa Clipper deve ser lançada em 2023 para estudar, de pertinho, o vapor de água existente na superfície desta lua. Isso acontece porque Europa tem fraturas em sua crosta, provavelmente como gêiseres, além de um provável oceano subterrâneo de água líquida. A água é expelida por meio desses gêiseres — e é justamente por meio dessas plumas que a nave da NASA passará para estudar essa lua tão “diferentona”, na esperança de descobrir evidências de algum tipo de vida nessas águas, além de tudo.

Saturno: 82 luas

Acima e mais escurecida, vemos a lua Titã. Logo abaixo dela, Mimas. Os pontos brilhantes à esquerda são as luas Dione e Encélado (Foto: NASA)

Até outubro do ano passado, Saturno ficava logo atrás de Júpiter quando o assunto era quantidade de satélites naturais. No entanto, astrônomos recentemente descobriram 20 novas luas ao seu redor, e este outro gigante gasoso conquistou o primeiro lugar no pódio, com 82 luas em sua órbita – três a mais do que se tem conhecimento em Júpiter.

As 20 luas recém descobertas medem apenas cerca de 5 km de diâmetro, e 17 delas se movem ao redor do planeta na direção oposta à rotação dele, levando mais de três anos para completar uma órbita. Vale observar que o mais distante de todos é inclusive o satélite natural mais distante de seu planeta em todo o Sistema Solar.

Encélado, por fora (Foto: NASA)

Dentre tantas luas, assim como Júpiter, Saturno também tem algumas que conquistam mais destaque. Neste caso, as “queridinhas” são Encélado e Titã. Começando por Encélado, ela é especial porque, assim como Europa, também tem indícios quase que inegáveis de abrigar um oceano líquido abaixo de sua crosta congelada, sendo que já foi confirmada a existência de moléculas orgânicas complexas por lá. Ainda, Encélado também tem fraturas em sua crosta que ejetam parte desse líquido para fora. Ou seja: este mundo é outro candidato no Sistema Solar a abrigar algum tipo de vida, caso a vida seja mesmo capaz de surgir em outros lugares além da Terra, como se suspeita.

Mas falamos de duas luas em destaque ao redor de Saturno, certo? A outra é TItã, lua que também será visitada pela NASA com a missão Dragonfly. A ideia é lançar a missão em 2026 com chegada prevista para 2034, e uma espécie de drone fará o papel de sobrevoar a superfície em busca de processos químicos prebióticos em comum entre este satélite natural de Saturno e a Terra. Em outras palavras, para descobrir se Titã sem condições que permitam o surgimento de algum tipo de vida.

Conceito artístico de lagos de metano em Titã (Imagem: NASA)

A geologia desta lua tem muitas semelhanças com a de nosso planeta, só que, em vez de rios e lagos de água, Titã tem lagos de metano e etano no estado líquido. Ele também é o único satélite natural do Sistema Solar que possui uma atmosfera densa (só que composta principalmente de nitrogênio), é coberto de material orgânico e seu ciclo hidrológico é análogo ao da Terra, só que com elementos diferentes. Por isso, esta lua é tão interessante.

Urano: 27 luas

Da esquerda para a direita: Puck, Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon, fotografadas individualmente pela Voyager 2, da NASA

As maiores luas uranianas são Oberon e Titânia, e foram descobertas pelo astrônomo William Herschel em 1787. Ele também descobriu outras duas luas das maiores do planeta em questão, Ariel e Umbriel. Quase um século se passou antes de Gerard Kuiper encontrar mais uma lua, Miranda, em 1948. Então, a sonda Voyager 2, da NASA, visitou o sistema uraniano em 1986 encontrou outras 10, medindo de 26 a 154 km de diâmetro: Julieta, Puck, Cordelia, Ofélia, Bianca, Desdêmona, Portia, Rosalind, Cressida e Belinda.

Depois disso, astrônomos conseguiram descobrir mais algumas luas por lá por meio de observações feitas aqui na Terra mesmo, algo impressionante porque elas são bem menores, com apenas 12 a 16 km de diâmetro, e estão a cerca de 2,9 bilhões de km de distância do Sol. Desde então, o total de luas conhecidas ao redor de Urano se mantém em 27.

Netuno: 14 luas

Netuno e a lua Tritão fotografados pela Voyager 2 (Foto: NASA)

William Lassell, um dos grandes astrônomos amadores da Inglaterra do século XIX, descobriu a lua Tritão (que é, de longe, o maior dos satélites naturais de Netuno) em 1846, apenas 17 dias depois que um observatório de Berlim descobriu o planeta Netuno. Um bom tempo depois, o astrônomo holandês Gerard Kuiper encontrou a terceira maior lua de Netuno, Nereida, em 1949. Proteus e outras cinco luas tiveram que esperar a Voyager 2 passar por lá para serem conhecidas, estando entre os objetos mais escuros já encontrados no Sistema Solar. Depois disso, astrônomos usando telescópios terrestres aprimorados encontraram mais satélites naturais em Netuno entre os anos de 2002 e 2003, totalizando 14 luas conhecidas por lá.

A Voyager 2 revelou que, em Tritão, vulcões de gelo jorram o que provavelmente é uma mistura de nitrogênio líquido, metano e poeira, que congela instantaneamente e depois neva de volta à superfície. A superfície gelada de Tritão reflete a maior parte da pouca luz solar que recebe, sendo esta lua um dos objetos mais frios do Sistema Solar, com temperaturas de cerca de -240ºC. Tritão é a única lua grande no Sistema Solar que circula seu planeta em uma direção oposta à rotação dele.

Mercúrio e Vênus não têm luas

Os únicos planetas do Sistema Solar que não têm uma lua para chamar de sua são Mercúrio e Vênus. Por estar muito próximo do Sol, qualquer lua que Mercúrio pudesse ter tido ou tentado capturar estaria em uma órbita instável, porque o Sol a puxaria. Logo, a Lua eventualmente se afastaria e orbitaria o Sol, abandonando o primeiro e menor planeta de nosso sistema.

Vênus também está bastante perto do Sol, mas sua gravidade é forte o suficiente para ser capaz de sustentar uma lua. Para justificar a ausência de satélites naturais neste planeta, existem duas hipóteses: a primeira afirma que Vênus tinha uma lua, mas o Sol a roubou com sua intensa atração gravitacional. A segunda, considerada mais provável, é que Vênus sofreu um grande impacto quando costumava girar no sentido horário, e esse impacto teria formado uma lua em sua órbita, mas, milhões de anos depois, um corpo ainda maior impactou o planeta, fazendo com que ele passasse a ter uma rotação retrógrada – algo que acontece até hoje. E teria sido essa mudança na direção da rotação a responsável pelo sumiço da lua venusiana. De qualquer forma, são apenas hipóteses, então a ausência de luas orbitando Vênus continua sendo um mistério.

Leia a matéria no Canaltech.

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Fonte Nathan Vieira
Data da Publicação Original: 23 May 2020 | 9:00 pm


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