5 Mulheres da Agrociência para Conhecer
Resumo: Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A agropecuária está intrinsecamente atrelada à ciência e as mulheres estão entre grandes criadoras de soluções para o setor
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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado nesta terça-feira (11), foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ele é uma maneira de lembrar à sociedade de que a ciência e a igualdade de gênero andam juntas. Hoje, depois de 10 anos da criação da data, essa caminhada está cada vez mais virtuosa e há motivos para comemorar.
As mulheres representam 41% dos cientistas do mundo, segundo dados do relatório Progress Toward Gender Equality in Research & Innovation, publicado em 2024, pela Elsevier, plataforma especializada em conteúdo científico. Os dados mais recentes, referentes a 2022, apresentam uma diferença com relação aos do Instituto de Estatísticas da UNESCO, de 2015, quando elas somavam apenas 30%.
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No agro, que possui uma relação profunda e essencial com a ciência, elas também estão entre os estudiosos que desenvolveram tecnologias e soluções para o setor. A fixação biológica do nitrogênio, por exemplo, um feito da renomada engenheira agrônoma, naturalizada brasileira, Johanna Döbereiner, revolucionou o setor. Não é à toa que o seu trabalho continua impactando a agricultura mundial, especialmente no desenvolvimento de biofertilizantes e práticas agrícolas regenerativas.
Hoje, existem mulheres cientistas que seguiram os passos de Johanna e estudam novas soluções para o agro dentro das universidades e instituições. Mas outra parte desse grupo também atua em empresas do setor. Conheça 5 mulheres que trabalham para evolução do agro dentro e fora de laboratório:
1. Carmen Sílvia Fávaro Trindade – Engenheira de Alimentos
Se o assunto for engenharia de alimentos, Carmen Sílvia Fávaro Trindade, professora titular de engenharia de alimentos da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), em Pirassununga, da Universidade de São Paulo (USP), saberá conduzir a conversa com maestria.
Sua dedicação à ciência dos alimentos a levou a ocupar o ranking de 161 mil cientistas mais influentes da ciência mundial na categoria agronomia e agricultura, elaborado pela revista científica americana Plos Biology, que abrange pesquisas de alta relevância em diversas áreas da biologia e ciências da vida, a partir da base de dados Scopus, maior base de dados de resumos e citações de literatura científica revisada por pares.
Carmen é formada em engenharia de alimentos pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e doutora em tecnologia de alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
2. Claudia Demetrio – Head de Desenvolvimento de Sementes Brasil & Paraguai da Syngenta
Claudia Demetrio é um dos nomes de ponta da Syngenta, principalmente quando se trata de aprimoramento genético. Head de desenvolvimento de sementes Brasil & Paraguai, ela lidera equipes multifuncionais dedicadas ao desenvolvimento de híbridos de milho e variedades de soja para o agronegócio brasileiro.
Com 20 anos de experiência no setor, ela já ocupou cargos em empresas como Bayer e Monsanto, atuando no melhoramento genético de sementes e na implementação de estratégias de inovação. Claudia também possui ampla experiência em liderança e construção de equipes.
É formada em engenharia Agronômica pela Universidade de Coimbra (ESAC), em Portugal, e mestre em melhoramento genético de plantas pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).
3. Patricia Novais, Gerente de Dados e Inteligência Artificial na BASF
Tem espaço para uma mulher formada em física no agro? Tem, e a Patricia Novais pode provar, já que ela é gerente de dados e inteligência artificial (IA) na Basf, multinacional alemã do setor químico.
Por lá, ela é responsável por liderar a estratégia de dados e IA para a Basf Agro Latam, e supervisionar iniciativas de ciência de dados para gerar insights acionáveis, otimizar processos e dar suporte a decisões estratégicas. Patricia tem experiência em astrofísica extragaláctica, método científico, machine learning, técnicas de ciência de dados.
Depois de dedicar anos aos estudos acadêmicos — que começou quando ainda fazia bacharelado em física e terminou após se tornar especialista em dados pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) — ela migrou sua carreira para a área de dados.
4. Danielle Pereira Baliza, vencedora do Prêmio Mulheres do Agro 2024
O nome da agrônoma Danielle Pereira Baliza, de Minas Gerais, não saiu da boca do povo do agro depois de outubro de 2024. A pós-doutora em agronomia e fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi a vencedora do Prêmio Mulheres do Agro 2024, na categoria ciência e pesquisa. A iniciativa da Bayer e da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) reconheceu outras duas pesquisadoras e 9 agricultoras durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agro.
Hoje, ela é professora e pesquisadora no Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais e, desde 2021, atua como diretora de pesquisa e sustentabilidade na Aliança Internacional das Mulheres do Café – IWCA Brasil.
A grande paixão de Danielle, o café, vai além da bebida, e sua tese sobre sistemas agroflorestais (SAFs) com café foi uma das primeiras no Brasil. Ela também é editora e autora do livro “Mulheres dos cafés no Brasil”, que reúne dados da primeira pesquisa sobre o perfil das cafeicultoras brasileiras e das características das principais regiões produtoras do grão no país.
5. Maria Célia Portella, pós-doutora em aquicultura
Maria Célia Portella é professora da faculdade de ciências agrárias e veterinárias da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), e docente do Centro de Aquicultura da UNESP/Caunesp. Mas aqueles que atuam na aquicultura a conhecem por muito mais.
Em 2021, ela foi a terceira mulher e a primeira brasileira a vencer o prêmio “Fellow of the World Aquaculture Society”, da World Aquaculture Society (WAS), organização dedicada ao avanço da aquicultura por meio da ciência, tecnologia e inovação. O reconhecimento é dado a quem fez realizações notáveis na ciência da aquicultura.
Ela também participa do grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para o desenvolvimento do “Sustainable Aquaculture Guidelines” (em português “Diretrizes para a Aquicultura Sustentável”), de princípios e práticas acordados internacionalmente para orientar países e partes interessadas na transformação de suas indústrias aquícolas. Maria Célia é formada em ciências biológicas pelo Centro Universitário Hermínio Ometto, em Araras, São Paulo, e pós-doutora em aquicultura pelo Centro de Aquicultura da UNESP.
Essas são apenas cinco entre tantas mulheres cientistas que atuam no agro. Conheça outras 100 mulheres doutoras listadas pela Forbes que fazem a diferença no setor.
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