Resumo: A cantora está concorrendo a duas categorias na premiação, com Hit Me Hard And Soft e Birds of a Feather 

O último álbum de Billie Eilish, Hit Me Hard and Soft, recebeu uma aclamação tanto popular quanto da crítica especializada. A obra está concorrendo ao Grammy por duas categorias: álbum do ano e música do ano, com “Birds of a Feather”, a terceira mais pedida pelos ouvintes na programação da Antena 1. Este trabalho é o terceiro álbum da carreira da cantora em parceria com seu irmão, Finneas, também músico e produtor, reforçando a já forte colaboração entre eles. 

Composto por dez faixas, o álbum desenha uma narrativa contínua, tanto em termos líricos quanto musicais, e desafia as zonas de conforto da artista. Em uma fusão ousada, Billie mistura rock alternativo com industrial, pop com eletrônica, criando um espectro sonoro eclético. O lançamento destacou-se também pelo compromisso com a sustentabilidade, adotando materiais 100% recicláveis em todas as edições físicas, refletindo a intenção da cantora de inspirar seu público a reduzir o desperdício e discutir a crise climática.

Reconhecidos como grandes figuras da música contemporânea, Billie e Finneas, ao produzirem um álbum tão íntimo e de grande impacto, mostram que a indústria cultural – e especialmente a musical – pode alcançar propósitos além de visualizações e reproduções. Ainda que seja voltado para a Geração Z, esse detalhe enriquece o projeto. Billie combina com maestria a efemeridade das “músicas de TikTok” com a profundidade das obras musicais mais aclamadas da atualidade.

Durante o processo de criação do disco, Eilish conta que se sentiu à vontade para gravar o que ela e seu irmão sentissem desejo de fazer no momento e postar no formato original, ao invés de tentar melhorar as composições para o público gostar mais. Em entrevista ao portal “triple j”, ela disse que “estava mais envolvida neste álbum do que em qualquer coisa que já fez, e que isso veio de um lugar de pura apreciação. Eu costumava não gostar de fazer música e ainda tenho problemas com isso, mas eu havia esquecido que eu comecei a fazer música porque eu amava isso. Logo, isso se transformou no meu emprego de forma muito rápida quando eu era muito jovem, então eu não tive tempo de aproveitar o processo tanto assim. Então, voltar a aproveitá-lo tem sido muito bom.” 

Em uma entrevista ao programa The Late Show with Stephen Colbert, a artista compartilhou sua perspectiva sobre o novo álbum, destacando que, segundo ela, as dez faixas da lista são as composições mais verdadeiras e genuínas que já criou até hoje.

“Com Hit Me Hard and Soft, é a primeira vez que sou adulta e talvez em toda a minha vida criativa. É realmente a coisa mais genuína que já fiz. Parece muito, muito eu. Parece que toda a música é exatamente quem eu sou, os visuais são exatamente quem eu sou e isso é honestamente assustador.”

Esse processo de amadurecimento ocorreu ao longo dos anos. Billie conta que nunca sentiu ter um verdadeiro espaço criativo em suas composições, porque, por ter começado muito jovem (aos 13 anos – hoje, ela tem 22 anos) e já alcançado um sucesso avassalador, sentia uma necessidade de produzir o que era esperado dela. 

“Por um tempo, tive a sensação de que tudo era muito pensado como uma coisa específica e senti que realmente não tinha espaço para fazer nada além do que as pessoas pensavam que eu fazia. Então, acho que com Happier Than Ever (2021),  foi mais como uma reação minha querendo provar um ponto. Acho que fui muito longe, mas era meio que o que eu precisava fazer. Eu precisava tocar essa coisa toda de ‘Eu não sou o que você pensa que eu sou’. Percebi em retrospecto que era como se eu estivesse apenas tentando ser vista, me expressar e mostrar que as pessoas podem ser multifacetadas, e eu sou uma dessas pessoas.” 

Hit composto no Brasil

“Birds of a Feather,” um dos principais sucessos do novo álbum de Billie Eilish, teve suas origens no Brasil. Em uma participação no Jimmy Kimmel Live, a cantora exibiu um vídeo gravado com seu irmão, Finneas O’Connell, dentro de um carro enquanto se dirigiam ao Lollapalooza Brasil.

“É um vídeo que fiz com meu celular no banco de trás de uma SUV no Brasil a caminho de um show. Isso é algo bem normal para Finneas e eu: sempre trabalhamos em lugares aleatórios”, ela disse. “Sempre falamos disso… Gravamos “No Time To Die”, do 007 – Sem Tempo Para Morrer, em um ônibus de turnê, num beliche, no escuro. Já gravamos em pequenos hotéis…”

“Não é a coisa mais legal do mundo, mas é divertido, porque é tão casual e normal. Estávamos no banco de trás, e Finneas estava com o computador”, ela prosseguiu, antes do programa exibir o vídeo. Eilish detalhou que a gravação feita em 2023 foi revisitada e ajustada para integrar o álbum Hit Me Hard and Soft. A cantora também mencionou que nunca teve preferência por versões anteriores de suas músicas já lançadas. Veja a seguir “Birds of a Feather”:

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