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China pode abrir mercado para o sorgo, gergelim e uva

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Resumo: Líder do Partido Comunista, Xi Jinping, tem agenda com Lula hoje 

O governo Lula tem grandes expectativas em relação à presença do presidente da China, Xi Jinping, aqui no Brasil. O agronegócio brasileiro tem interesse em fechar novos acordos comerciais e abrir mercado para exportação de produtos como sorgo, gergelim e uva, por exemplo. Se confirmado, o acordo poderá ser um impulsionador para a produção interna, dado que a China costuma fazer compras em grande quantidade. A agenda de Xi vai além do agro. A inclusão de acordos financeiros e projetos logísticos pode transformar a infraestrutura nacional e as relações comerciais.

Vale destacar na parte logística, a intenção da China é de que o Brasil faça parte da ‘Nova Rota da Seda’, um megaprojeto de infraestrutura liderado pela China para conectar os países e aumentar sua influência no comércio global via investimentos em portos, ferrovias e rodovias. A adesão do Brasil pode trazer bilhões para obras em áreas estratégicas para o agro, mas também pode aumentar a dependência econômica do Brasil em relação à China.

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Não está claro se o governo Lula dará sinal verde para o Brasil entrar no projeto já nesta vinda do Xi. Na área financeira, a expectativa é que a discussão sobre o uso do yuan em transações bilaterais esteja na agenda dos governantes, refletindo o interesse de Pequim de aumentar o uso do yuan e reduzir a dependência do dólar no comércio global. Para o agro, a negociação direta yuan-real pode reduzir custos nas operações financeiras de exportadores agrícolas.

A diplomacia comercial chinesa está aproveitando o momento para estreitar relações do governo brasileiro com empresas de lá. O governo Lula assinou acordo com a SpaceSail e a com a Administração Nacional de Dados da China para condução de estudos sobre a demanda de internet via satélite no Brasil para viabilizar internet em áreas rurais, por exemplo, como faz a Starlink, empresa do bilionário Elon Musk.

Xi Jinping tem interesses na América do Sul e a passagem pela região serviu também para inaugurar o porto de Chancay, no Peru. A obra reforça a estratégia da China de integrar a América do Sul ao comércio global, algo que pode beneficiar o Brasil indiretamente. Dessa vez, talvez Xi vá embora do Brasil sem grandes anúncios, mas com sementes bem plantadas para uma cooperação que ele pretende que seja cada vez mais estratégica entre Brasil e China, diante da nova Era Trump nos Estados Unidos.

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