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Justiça condena Voepass e Latam a pagar pensão a viúvo de comissária morta no acidente em Vinhedo, SP

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Resumo: Débora Soper Ávila era uma das tripulantes do voo 2283, que partiu de Cascavel (PR) e caiu no interior de SP em agosto deste ano. Decisão é da Vara do Trabalho em Ribeirão Preto (SP); ainda cabe recurso. Debora Soper Avila, comissária de bordo de avião da Voepass que caiu em SP
Reprodução/Facebook
A Justiça do Trabalho condenou a Voepass e a Latam ao pagamento de pensão ao viúvo da comissária de bordo Débora Soper Ávila, morta em agosto deste ano na queda do ATR-72 em Vinhedo (SP).
A decisão, em caráter liminar, determina o depósito mensal de R$ 4.089,97, o equivalente a 2/3 da última remuneração da funcionária da companhia aérea, a partir de janeiro de 2025, sem especificar prazo para o fim do pagamento. Em caso de descumprimento, as empresas serão multadas. Ainda cabe recurso.
A ação foi movida por Marcus Vinícius Ávila Sant’Anna, viúvo de Débora, e tramita na 1ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto (SP), cidade onde a Voepass tem sede.
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Natural de Porto Alegre (RS), a profissional se descrevia como uma “apaixonada pela aviação”. A comissária trabalhava desde março de 2023 na Voepass. Formada em gestão de recursos humanos, já havia trabalhado em outra companhia aérea entre 2018 e 2019.
No pedido à Justiça, Marcus Vinícius alega que a morte da esposa causou significativa perda financeira já que a remuneração dela era significativa para a manutenção das despesas do lar.
De forma solidária, a Latam foi condenada porque o voo 2283 era operado em codeshare. O sistema é praticado pelas companhias aéreas em acordos de compartilhamento de rotas para locais onde não tenham cobertura, incorporando trechos às suas malhas.
Segundo a defesa da família da comissária, a ação ainda pede a reparação por dano moral e uma indenização pela morte dela, uma vez que a atividade explorada pela companhia aérea implica aos empregados ônus maior do que a outras práticas de trabalho.
“Ainda que seja uma decisão liminar – a ser reavaliada ao final do processo – a condenação da Voepass e da Latam ao pagamento de pensionamento ao viúvo da vítima é medida fundamental para o amparo financeiro e emocional de seus herdeiros”, afirmou o advogado Leonardo Orsini de Castro Amarante.
Uma audiência foi marcada para abril de 2025 na Justiça do Trabalho em Ribeirão Preto.
Em nota, a Voepass Linhas Aéreas disse que informações sobre questões jurídicas são tratadas exclusivamente com familiares e representantes legais.
Ao g1, a Latam disse que não comenta processos em andamento.
Vídeo mostra queda de avião em Vinhedo
Desastre aéreo
O ATR-72 da Voepass caiu em Vinhedo, interior de SP, no dia 9 de agosto. Os quatro tripulantes e 58 passageiros morreram. O acidente é o maior da história da aviação brasileira desde a tragédia da TAM, em 2007, no Aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos.
O avião seguia de Cascavel para Guarulhos (SP). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22″.
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Em setembro, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), disse que os pilotos comentaram sobre um problema no sistema antigelo logo no início do voo.
O Cenipa divulgou um relatório preliminar sobre os motivos da queda do avião , que deixou 62 vítimas. Uma das principais linhas de investigação é como a formação de gelo afetou o desempenho da aeronave e as ações da tripulação. Havia formação de gelo severo no local. Outras linhas analisam fatores humanos e operacionais.
“O que temos até o momento é que houve uma fala extraída por meio do cockpit que um dos tripulantes indicava que havia uma falha no sistema de De-Icing [antigelo0. Isso todavia não foi confirmado do sistema de dados (FDR)”, afirmou o Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, chefe da Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
A Voepass afirmou, em nota divulgada após a apresentação do relatório do Cenipa, que o documento concluiu que o avião estava com a documentação em dia e a tripulação devidamente apta a voar. Afirmou, ainda, que “somente o relatório final do CENIPA poderá apontar, de forma conclusiva, as causas do ocorrido”.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca
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Débora Soper Ávila era uma das tripulantes do voo 2283, que partiu de Cascavel (PR) e caiu no interior de SP em agosto deste ano. Decisão é da Vara do Trabalho em Ribeirão Preto (SP); ainda cabe recurso. Debora Soper Avila, comissária de bordo de avião da Voepass que caiu em SP
Reprodução/Facebook
A Justiça do Trabalho condenou a Voepass e a Latam ao pagamento de pensão ao viúvo da comissária de bordo Débora Soper Ávila, morta em agosto deste ano na queda do ATR-72 em Vinhedo (SP).
A decisão, em caráter liminar, determina o depósito mensal de R$ 4.089,97, o equivalente a 2/3 da última remuneração da funcionária da companhia aérea, a partir de janeiro de 2025, sem especificar prazo para o fim do pagamento. Em caso de descumprimento, as empresas serão multadas. Ainda cabe recurso.
A ação foi movida por Marcus Vinícius Ávila Sant’Anna, viúvo de Débora, e tramita na 1ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto (SP), cidade onde a Voepass tem sede.
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Natural de Porto Alegre (RS), a profissional se descrevia como uma “apaixonada pela aviação”. A comissária trabalhava desde março de 2023 na Voepass. Formada em gestão de recursos humanos, já havia trabalhado em outra companhia aérea entre 2018 e 2019.
No pedido à Justiça, Marcus Vinícius alega que a morte da esposa causou significativa perda financeira já que a remuneração dela era significativa para a manutenção das despesas do lar.
De forma solidária, a Latam foi condenada porque o voo 2283 era operado em codeshare. O sistema é praticado pelas companhias aéreas em acordos de compartilhamento de rotas para locais onde não tenham cobertura, incorporando trechos às suas malhas.
Segundo a defesa da família da comissária, a ação ainda pede a reparação por dano moral e uma indenização pela morte dela, uma vez que a atividade explorada pela companhia aérea implica aos empregados ônus maior do que a outras práticas de trabalho.
“Ainda que seja uma decisão liminar – a ser reavaliada ao final do processo – a condenação da Voepass e da Latam ao pagamento de pensionamento ao viúvo da vítima é medida fundamental para o amparo financeiro e emocional de seus herdeiros”, afirmou o advogado Leonardo Orsini de Castro Amarante.
Uma audiência foi marcada para abril de 2025 na Justiça do Trabalho em Ribeirão Preto.
Em nota, a Voepass Linhas Aéreas disse que informações sobre questões jurídicas são tratadas exclusivamente com familiares e representantes legais.
Ao g1, a Latam disse que não comenta processos em andamento.
Vídeo mostra queda de avião em Vinhedo
Desastre aéreo
O ATR-72 da Voepass caiu em Vinhedo, interior de SP, no dia 9 de agosto. Os quatro tripulantes e 58 passageiros morreram. O acidente é o maior da história da aviação brasileira desde a tragédia da TAM, em 2007, no Aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos.
O avião seguia de Cascavel para Guarulhos (SP). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22″.
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Em setembro, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), disse que os pilotos comentaram sobre um problema no sistema antigelo logo no início do voo.
O Cenipa divulgou um relatório preliminar sobre os motivos da queda do avião , que deixou 62 vítimas. Uma das principais linhas de investigação é como a formação de gelo afetou o desempenho da aeronave e as ações da tripulação. Havia formação de gelo severo no local. Outras linhas analisam fatores humanos e operacionais.
“O que temos até o momento é que houve uma fala extraída por meio do cockpit que um dos tripulantes indicava que havia uma falha no sistema de De-Icing [antigelo0. Isso todavia não foi confirmado do sistema de dados (FDR)”, afirmou o Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, chefe da Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
A Voepass afirmou, em nota divulgada após a apresentação do relatório do Cenipa, que o documento concluiu que o avião estava com a documentação em dia e a tripulação devidamente apta a voar. Afirmou, ainda, que “somente o relatório final do CENIPA poderá apontar, de forma conclusiva, as causas do ocorrido”.
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