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O bom governo de Milei

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Resumo: Quando o presidente da Argentina assumiu, a inflação estava na casa de 25% ao mês; hoje está em 2,7%; já o desemprego subiu de 6,1% em 2023 para próximo de 8% em 2024 

Um grande erro em análise política é avaliar um governo mais pelos indicadores econômicos presentes, e menos pela realização de reformas. Nem sempre o mérito do crescimento do PIB ou a queda do desemprego decorrem de reformas realizadas no governo de turno. Do mesmo modo, nem sempre a piora de indicadores econômicos podem ser creditadas a governos anteriores.

Sob esta lógica é que se deve avaliar o governo de Javier Milei. É inegável que o atual presidente argentino pegou o país em frangalhos, fruto de anos de populismo, perpetuados por governos peronistas e de esquerda. Quando Milei assumiu, a inflação estava na casa de 25% ao mês; hoje está em 2,7%. Por outro lado, o PIB deve cair 3,5% em 2024, contra queda de 1,6% em 2023. Já o desemprego subiu de 6,1% em 2023 para próximo de 8% em 2024.

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Em resumo, o PIB piorou, o desemprego aumentou, mas a inflação melhorou. Com esses números, Milei está indo na direção correta? A resposta é sim, pois o atual presidente teve que fazer algumas reformas duras para frear a inflação, porém extremamente necessárias. Basicamente Milei cortou gastos públicos, principal causa do aumento generalizado dos preços.

No entanto, o remédio para o combater a inflação é amargo, trazendo efeitos colaterais na atividade econômica e no mercado de trabalho.  Parte dos argentinos preferiam viver de auxílios do governo a trabalhar. Com os cortes, muitos argentinos se viram obrigados a procurar emprego, elevando a taxa de desemprego.

O elevado gasto público também induzia o crescimento econômico argentino a um custo muito alto, gerando aumento da dívida e inflação. Ao cortar gastos  – economia após 12 anos apresentou superávit primário de 1,5% e o endividamento recuou de 155% para 93% -, Milei procura gerar crescimento econômico de maneira mais sustentável, puxado pelo dinamismo do setor privado, sem a muleta estatal. 

Sem dúvida, os ajustes são duros. Inclusive, Milei disse acertada e honestamente que, para a Argentina melhorar, o país iria piorar no curto prazo. Porém, a piora é transitória, mas a melhora pode ser duradoura. Pelo menos é o que sinaliza o índice da bolsa Argentina – melhor termômetro sobre o futuro da economia -, que apresentou alta de 125% desde quando Milei assumiu. 

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