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Ser Rico ou Parecer Rico: Dicas para o Equilíbrio Financeiro

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Resumo: Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Muitos gastam desnecessariamente adquirindo itens que simbolizam status
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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Hafidz Mubarak/Reuters

É importante repensar os hábitos de consumo e construir uma relação mais saudável com o dinheiro

Em uma sociedade frequentemente movida pelas aparências, muitos caem na armadilha de gastar esperando em itens que simbolizam status, como carros de luxo e gadgets modernos. No entanto, será que essa busca frenética por status realmente nos leva a uma vida mais plena e significativa?

Considero importante que você repense seus hábitos de consumo visando construir uma relação mais saudável com o dinheiro, pois a autoconsciência é um passo muito importante para quem deseja conquistar liberdade financeira e, mais importante, a felicidade genuína.

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É possível equilibrar suas finanças sem abrir mão de uma vida confortável no presente e ao mesmo tempo, construir um futuro próspero e tranquilo.

Autoconhecimento ajuda a consumir de forma mais consciente

A autoconsciência é essencial para alinhar as finanças com os valores pessoais. Ao identificar o que realmente importa, você consegue diferenciar os gastos que agregam valor daqueles que apenas satisfazem desejos momentâneos e impulsos causados por mera vaidade ou insegurança.

Questione-se antes de cada compra: “Essa escolha me aproxima ou me afasta dos meus objetivos?” Essa reflexão ajuda a evitar decisões financeiras impensadas, das quais você pode se arrepender.

A verdadeira liberdade financeira

A verdadeira liberdade financeira não tem a ver com acumular bens materiais. Ela reside na tranquilidade de ter suas necessidades básicas supridas, sem se preocupar com o próximo boleto e ter a possibilidade de fazer escolhas sem ser limitado por questões financeiras.

É claro que essa liberdade também contempla possuir coisas, mas quero que você entenda que isso é consequência de uma vida equilibrada, e que independência financeira não é sinônimo de riqueza, posse e ostentação.

Com hábitos financeiros saudáveis, como a criação de um orçamento detalhado que contemple suas despesas essenciais, supérfluas e, principalmente, seus investimentos, é possível definir qual o seu ponto de equilíbrio, ou seja, a partir de qual valor, o seu dinheiro investido custeia todas as suas despesas sem que você dependa do seu salário.

Quando você atinge esse platô, está independente financeiramente e daí por diante, terá mais paz e tranquilidade para traçar novos planos, que podem até incluir o acúmulo de patrimônio visando se tornar muito rico.

Reserva de emergência é sua reserva de tranquilidade

Imprevistos acontecem, e a reserva de emergência é o seu escudo protetor contra as turbulências da vida. Ter de 6 a 12 meses de seus gastos mensais guardados te dará a segurança para lidar com situações inesperadas, como perda de emprego, problemas de saúde ou reparos no seu lar.

Construir essa reserva exige disciplina e foco, mas a tranquilidade proporcionada por ela não tem preço. Imagine a paz de espírito de saber que, em momentos de crise, você terá recursos para se reerguer sem comprometer seu futuro financeiro.

Escolhas conscientes: dizer “não” pode ser libertador

Em uma sociedade consumista, somos bombardeados com propagandas e ofertas tentadoras a todo momento. Desenvolver a capacidade de dizer “não” para compras impulsivas é essencial para alcançar seus objetivos financeiros e realizar seus sonhos.

Lembre-se: cada vez que você cede a um impulso no presente, está abrindo mão de algo que seria importante no futuro. Aquele jantar caro só para impressionar pessoas, pode te impedir de realizar a viagem dos seus sonhos ou de alcançar a tão sonhada independência financeira.

E não estou dizendo que você deva levar uma vida sem pequenos prazeres. É importante viver o presente, mas equilibrando os gastos e sempre se perguntando se determinado “excesso” está sendo feito porque é importante de verdade para você, ou se é apenas seu ego o induzindo a fazer algo para aparentar o que não é.

Equilíbrio entre economia consciente e excesso de poupança

Economizar não significa viver sem conforto. O segredo é priorizar aquilo que realmente importa, sem sacrificar experiências ou itens que são importantes para o bem-estar.

Ser consciente financeiramente significa ter controle sobre seus gastos, priorizar o que realmente importa e buscar alternativas mais econômicas sem se privar de tudo. Por outro lado, ser muquirana é viver em função da economia, abrindo mão de momentos de lazer e bem-estar por medo de gastar.

Encontre o meio termo e construa uma relação mais leve e prazerosa com o dinheiro. Afinal, a alegria, bem-estar e saúde mental são pilares essenciais na construção de um futuro próspero e consciente.

Inteligência financeira e autoestima

Aprender a lidar com o dinheiro de forma inteligente impacta positivamente a sua autoestima e a sua auto percepção. A cada meta financeira alcançada, seja montar sua reserva de emergência, quitar uma dívida ou fazer seu primeiro investimento, você reforça a crença em sua capacidade de realizar seus sonhos e construir a vida que deseja.

Comece com pequenas metas e celebre cada conquista, por menor que ela seja. Ao longo do caminho, você desenvolverá disciplina, confiança e a certeza de que é capaz de alcançar grandes objetivos

O perigo de buscar felicidade no consumo

Um dos objetos de estudo da neurociência e especialmente das ciências comportamentais, é a tendência humana de se acostumar rapidamente às novas posses, um salário maior, conforto, etc. Algo que num primeiro momento nos traz euforia e contentamento, rapidamente é assimilado e se torna natural, não mais causando grande felicidade.

Isso explica por que compras impulsivas trazem felicidade instantânea. A paixão inicial de adquirir algo novo se dissipa rapidamente, gerando um ciclo de insatisfação e novo anseio por algo que faça a sensação inicial se repetir.

Priorizar experiências que criem memórias intensas, como viagens e momentos com pessoas queridas, em vez de objetos que perdem o encanto rapidamente, são uma ótima forma de “educar” a mente para reações de prazer e alegria focadas em ser e não no ter.

Construindo riqueza de verdade

No final, a escolha entre parecer rico e ser rico está em suas mãos. A busca incessante por status e bens materiais pode te levar a um ciclo vicioso de consumo e insatisfação, comprometendo seu futuro financeiro e sua felicidade.

A verdadeira riqueza não é medida por carros ou roupas de grife, mas pela capacidade de viver em linha com seus valores e propósitos, proporcionando alegria, qualidade de vida e segurança financeira a quem você ama.

Estabeleça prioridades claras e abrace uma abordagem equilibrada para o dinheiro. Muitas vezes, as pessoas não começam a investir, com o argumento: “não adianta, pois com o que eu ganho, não ficarei rico nunca”. No entanto, o que a maioria não percebe é que está definindo riqueza a partir de patamares irreais.

Você não começa a investir para ficar rico, Começa para atingir a liberdade de não depender mais do salário. Depois de superada essa fase, aí sim você estará pronto para definir o que significa riqueza material e, a partir de então, torná-la sua próxima meta se assim o quiser.

Dessa forma, você criará um futuro próspero e saudável, onde a felicidade vem não do que você possui, mas do que você construiu com consciência.

 

Eduardo Mira é investidor profissional, analista CNPI, pós graduado em pedagogia empresarial, coordenador do MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos da Anhanguera Educacional, sócio do Clube FII e sócio fundador da holding financeira MR4 Participações.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

 

 

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