Pelé usou três camisas diferentes durante a final da Copa de 1970, no México
Resumo: Por anos, a utilização do material pelo Rei gerou discussões e controvérsias
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Continuo destacando no “Memória da Pan” a conquista do tricampeonato pela seleção brasileira, em 1970, que vai completar 55 anos em junho. Em 2002, surgiu uma polêmica em torno do uniforme usado por Pelé na decisão da Copa. A casa de leilões britânica Christie’s anunciou que venderia a “10” que o Rei vestiu no jogo final contra a Itália. Marcelo Chirol, filho do preparador físico da seleção, Admildo Chirol, anunciou, no entanto, que a verdadeira camisa estava com ele. Mas o mistério foi desfeito: o artigo leiloado foi obtido pelo jogador italiano Rosato depois do jogo. Quem revê a partida observa que Rosato corre na direção de Pelé assim que o árbitro encerra o duelo. Admildo Chirol ficou com a camisa usada por Pelé no primeiro tempo e o técnico Zagallo guardou o uniforme que o Rei usou na cerimônia de entrega da taça. Ou seja, Pelé usou três camisas na final da Copa de 1970.
Por falar em uniforme, uma das imagens que simbolizam a esportividade daquele Mundial é a da troca de camisas entre Pelé e Bobby Moore ao final do duelo entre Brasil e Inglaterra. Na autobiografia, o Rei do futebol conta uma história interessante: “Nós trocamos camisas como lembranças. Durante o jogo, ladrões arrombaram meu quarto [no hotel em Guadalajara] e levaram as camisas 10 que eu guardara para usar na Copa. Chegamos até a considerar pedir a Bobby para devolver a que eu havia lhe dado, para que eu tivesse uma para vestir contra a Romênia. Ao final não precisamos fazer isso, embora as camisas roubadas nunca tenham sido achadas”. A manchete principal do jornal O Globo do dia seguinte à vitória brasileira era: “Bobby Moore enxugou as lágrimas na camisa 10 do ‘Rei’ Pelé’”.
A seleção brasileira usou a tradicional camisa amarela e calções azuis nas seis partidas que disputou na Copa. Mas, para enfrentar o calor mexicano, a vestimenta utilizada, ao contrário de 1966, não seria mais polo com gola em “V”. O objetivo era impedir o acúmulo de suor no colarinho. Cada jogador usou camisa com gola careca, sob medida.
Aproveito, para compartilhar a íntegra da partida entre Brasil e Inglaterra, um dos jogos mais marcantes de todos os tempos. A narração é de Pedro Luiz e de Fiori Gigliotti pela Rede da Copa (Jovem Pan, Bandeirantes e Nacional-SP). A abertura da transmissão é feita por Joseval Peixoto. Emocionante!
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