Risco de falta de materiais e inflação põem em alerta a área da saúde

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A associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) fez um alerta hoje para o alto risco de falta de materiais de proteção para profissionais de saúde no atendimento a pacientes, em meio ao avanço da Covid-19 no país. Durante uma videoconferência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, representantes do setor chamaram a atenção para as dificuldades de suprir adequadamente o sistema de saúde. Solicitaram ainda uma intervenção imediata do STF no intuito de evitar os abusos de autoridade na requisição de materiais essenciais na assistência à saúde. O objetivo é evitar que, por falta de equipamentos de proteção individual, profissionais de saúde sejam contaminados e afastados do trabalho, e o atendimento a pacientes sofra grande impacto.

Durante a videoconferência, o presidente de Anahp, Eduardo Amaro, na função de representante de 122 hospitais privados no país, destacou que o setor vive um momento de incerteza. “As dificuldades de suprimento do setor hospitalar são grandes. Acredito que, com essa reunião, compartilhamos um pouco dessa experiência para que as eventuais requisições sejam feitas dentro de uma visão sistêmica, balizamento adequado e de forma fundamentada e menos gravosa possível”, ressaltou Amaro.

Dias Toffoli se mostrou sensível a questão. De acordo com o presidente do STF, muitas dessas requisições administrativas não têm ordem judicial e ocorrem sem que qualquer tipo de coordenação seja estabelecida. “É fundamental o estabelecimento desses critérios. Do ponto de vista institucional, nós temos mantido esse diálogo com o Ministério da Saúde e a Advocacia da União. E do ponto de vista do Judiciário, temos passado recomendações aos juízes de todo o país”, afirmou Dias Toffoli.

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Mas esse está longe de ser o único problema enfrentado pelas unidades de saúde durante a pandemia. A inflação no mercado de insumos também gera grande preocupação. Alguns itens já chegaram a registrar um aumento de 300% no seu valor. Segundo levantamento da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), há hospitais que compravam, antes do surto da doença, uma caixa com cem luvas por R$ 16,65 e, agora, está a R$ 22,50. A unidade de álcool gel pulou de R$8,50 para R$ 24,90. O que chama mais a atenção, no entanto, é o salto no valor de um caixa máscaras com 150 unidades, que antes eram compradas por R$ 5,20 e neste momento chegam a variar de R$ 40,00 a R$ 80,00.

A Federação defende que haja a autorização excepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária sem registro na ANVISA, em especial os que servem ao diagnóstico e tratamento de pacientes crônicos e os que protejam os prestadores de serviços de serviço na área saúde.

O presidente da Federação, Aldevânio Francisco Morato afirma que, em especial nos hospitais de pequeno e médio porte (com em torno de 60 leitos), que corresponde a 60% dos 4 000 que integram a FBH, o aumento de preços leva a uma “distorção terrível”.  Ele defende a criação de uma linha de crédito para essas compras e a tentativa de desburocratizar a importação dos insumos.

— Esse aumento cria uma dificuldade funcional terrível. Estamos falando de máscaras, luvas, aventais, de elementos de proteção para os médicos e de kits de diagnóstico. A preocupação é que se a crise começar nos hospitais menores vai acabar explodindo na rede pública também — afirma o presidente da Federação.

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Fonte Da Redação
Data da Publicação Original: 4 April 2020 | 7:25 pm


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